#Resenha do Filme - Mera Coincidência

Ficha Técnica:

Título: Mera Coincidência
Título Original: Wag the Dog 

Gênero: Comédia
Produção: Estados Unidos, 1997
Duração: 97 min.
Diretor: Barry Levinson
Elenco: Dustin Hoffman, Robert De Niro, Anne Heche

Sinopse:

O presidente dos Estados Unidos (Michael Belson), a poucos dias antes da eleição, se vê envolvido em um escândalo sexual e, diante deste quadro, não vê muita chance de ser reeleito. Assim, um dos seus assessores entra em contato com um produtor de Hollywood (Dustin Hoffman) para que este "invente" uma guerra na Albânia, na qual o presidente poderia ajudar a terminar, além de desviar a atenção pública para outro fato bem mais apropriado para interesses eleitoreiros.

Um escândalo, uma guerra

    “Mera coincidência” (Wag the dog), 1997, é uma comédia que retrata a manipulação das informações pelo governo de modo a beneficia-los.
    Os Estados Unidos se encontra as vésperas da eleição para presidente quando um escândalo é vasado pelo concorrente do presidente em vigência, um caso de abuso sexual a uma adolescente que estava visitando a Casa Branca, então cabe a Conrad Brean (Robert De Niro) e Winifred Ames (Anne Heche) fazer com que a imagem do presidente seja limpa e que seu nome volte a ser o mais cogitado como o candidato escolhido do povo, eles acabam recorrendo ao cineasta Stanley Motss (Dustin Hoffman) que aceita o pedido e os três começam uma corrida contra o tempo para que se viralize uma eventual guerra contra a Albânia e essa história é rapidamente aceita pela mídia, sem qualquer tipo de investigação sobre a notícia e logo em seguida todos os americanos se preocupa e se unem contra a Albânia.
    O trio trabalha dia e noite calculando cada detalhe e cada passo dessa iminente guerra com uma equipe que conta com um músico, uma estilista e um publicitário com uma produção “hollywoodiana” criando toda uma trilha sonora, roupas especiais e grandes filmagens e edições bem-feitas.
    Barry Levinson consegue trazer de uma forma sarcástica e com uma comédia inteligente as fraquezas das mídias na veiculação de notícias o que acaba colocando em cheque a confiabilidade em qualquer jornal. Um ponto interessante é que o personagem de De Niro afirma várias vezes durante o filme “[...] está na TV”, nos mostrando descaradamente a cegueira da população em acreditar em tudo.
    O caso tratado no filme pode ser comparado ao escândalo do presidente americano Bill Clinton e sua estagiária Monica Lewinsky e suas ameaças para cima do Iraque são, literalmente, meras coincidências já que quando o escândalo vazou o filme já estava em processo de filmagem.
    De uma forma inteligente e sádica, este filme mostra que não devemos sempre acreditar 100% nas informações veiculadas, mas, nunca saberemos quando algo é real ou se estamos assistindo algo totalmente manipulado.